domingo, 16 de junho de 2013

O Avestruz – Texto de Mário Prata - 6º ano



O Avestruz – Texto de Mário Prata

Público alvo: 6º ano - EF
Aulas previstas: 6 aulas

Etapa 1 – Checagem de hipóteses.
1 - O que você espera de um texto com esse título?
2 - Você conhece um avestruz?
3 - Quais as características do avestruz?

(Nesse momento faremos uma leitura silenciosa para que vocês possam conhecer o texto e em seguida faremos a leitura textual compartilhada)

Etapa 2 – Localizando informações no texto.
Responda em seu caderno:
1 - Identifique no 3º parágrafo as características do avestruz.
2 - As características que você atribuiu anteriormente ao avestruz, foram confirmadas no texto? Comente.
3 - Localize no penúltimo parágrafo a expressão que mostra que o garoto mudou de opinião em relação ao avestruz. Após isso, qual foi a reação do garoto?
4 - Assim como o menino, você já desejou algo e depois mudou de opinião?

Etapa 3 – Comparando informações
1 - O que mais impressionou o garoto com relação aos hábitos alimentares e à reprodução?
Etapa 4 – Produção de inferências globais e locais no texto.
2 - Grife as palavras que dificultaram o entendimento do texto e em seguida utilize um dicionário para descobrir o significado dessas palavras e qual deles se encaixa melhor no texto.

(Dica para o professor: Caso seja possível, pode-se utilizar a ferramenta de dicionário online)
3 - Porque o autor afirma que “uma avestruz com TPM pode ser perigosíssima?

Etapa 5 – Recuperando o contexto de produção de texto.
1 -  Pesquise a biografia do autor Mário Prata.
(O professor que escolhe a melhor opção de como realizar essa atividade: na sala de informática, na biblioteca, como lição de casa e na aula seguinte comenta as pesquisas.)
2 - Discuta com seus colegas se o texto lido pode ou não ser classificado como uma crônica narrativa. Dê pelo menos duas explicações que justifiquem a análise feita.

Etapa 6 – Elaborar apreciações estéticas, afetivas, valores éticos ou políticos.
1 - O que você mais gostou no texto? Comente sua resposta.
2 - Será que um apartamento ou uma casa são locais apropriados para criar um avestruz como animal de estimação? Comente sua resposta.

Produção Final
1 - Produza uma crônica onde o menino conta o seu ponto de vista à respeito do desejo de ter um avestruz como “animalzinho” de estimação.

CACILDA SATIE MORI

O Avestruz - Texto de Mário Prata - 7º ano


O Avestruz - Mário Prata


Texto: O Avestruz - Mário Prata
Público: 7ª ano
Tempo previsto: 6 aulas

Levantamento de Conhecimentos prévios:
- O título “avestruz” nos remete a que? Você conhece um avestruz? Já o viu de perto? Você conhece a expressão “fulano tem estômago de avestruz”? Quem tem um animal de estimação?
- Leitura do texto feita pelo professor, para checagem do aluno.
- Leitura compartilhada, cada aluno lê um parágrafo.

Sobre o texto em estudo:
- Confrontar as informações obtidas com a leitura do texto, com as expectativas criadas antes da leitura.
- Uso do dicionário, para esclarecimento de palavras desconhecidas.
- Texto complementar sobre “a avestruz”.
- Análise dos elementos narrativos.
- Ficha técnica da avestruz: nome científico, peso, altura, expectativa de vida, habitat, tipo de alimentação, porque os animais têm nomes científicos?

ANTONIO MARCOS MENDES JANUARIO

No Aeroporto – Texto de Carlos Drummond de Andrade

No aeroporto

Carlos Drummond de Andrade

Viajou meu amigo Pedro. Fui levá-lo ao Galeão, onde esperamos três horas o seu quadrimotor. Durante esse tempo, não faltou assunto para nos entretermos, embora não falássemos da vã e numerosa matéria atual. Sempre tivemos muito assunto, e não deixamos de explorá-lo a fundo. Embora Pedro seja extremamente parco de palavras, e, a bem dizer, não se digne de pronunciar nenhuma. Quando muito, emite sílabas; o mais é conversa de gestos e expressões, pelos quais se faz entender admiravelmente. E o seu sistema.

Passou dois meses e meio em nossa casa, e foi hóspede ameno. Sorria para os moradores, com ou sem motivo plausível. Era a sua arma, não direi secreta, porque ostensiva. A vista da pessoa humana lhe dá prazer. Seu sorriso foi logo considerado sorriso especial, revelador de suas boas intenções para com o mundo ocidental e oriental, e em particular o nosso trecho de rua. Fornecedores, vizinhos e desconhecidos, gratificados com esse sorriso (encantador, apesar da falta de dentes), abonam a classificação.

Devo dizer que Pedro, como visitante, nos deu trabalho; tinha horários especiais, comidas especiais, roupas especiais, sabonetes especiais, criados especiais. Mas sua simples presença e seu sorriso compensariam providências e privilégios maiores. Recebia tudo com naturalidade, sabendo-se merecedor das distinções, e ninguém se lembraria de achá-lo egoísta ou importuno. Suas horas de sono - e lhe apraz dormir não só à noite como principalmente de dia - eram respeitadas como ritos sagrados, a ponto de não ousarmos erguer a voz para não acordá-lo. Acordaria sorrindo, como de costume, e não se zangaria com a gente, porém nós mesmos é que não nos perdoaríamos o corte de seus sonhos. Assim, por conta de Pedro, deixamos de ouvir muito concerto para violino e orquestra, de Bach, mas também nossos olhos e ouvidos se forraram à tortura da tevê. Andando na ponta dos pés, ou descalços, levamos tropeções no escuro, mas sendo por amor de Pedro não tinha importância.

Objetos que visse em nossa mão, requisitava-os. Gosta de óculos alheios (e não os usa), relógios de pulso, copos, xícaras e vidros em geral, artigos de escritório, botões simples ou de punho. Não é colecionador; gosta das coisas para pegá-las, mirá-las e (é seu costume ou sua mania, que se há de fazer) pô-las na boca. Quem não o conhecer dirá que é péssimo costume, porém duvido que mantenha este juízo diante de Pedro, de seu sorriso sem malícia e de suas pupilas azuis - porque me esquecia de dizer que tem olhos azuis, cor que afasta qualquer suspeita ou acusação apressada, sobre a razão íntima de seus atos.

Poderia acusá-lo de incontinência, porque não sabia distinguir entre os cômodos, e o que lhe ocorria fazer, fazia em qualquer parte? Zangar-me com ele porque destruiu a lâmpada do escritório? Não. Jamais me voltei para Pedro que ele não me sorrisse; tivesse eu um impulso de irritação, e me sentiria desarmado com a sua azul maneira de olhar-me. Eu sabia que essas coisas eram indiferentes à nossa amizade - e, até, que a nossa amizade lhes conferia caráter necessário de prova; ou gratuito, de poesia e jogo.

Viajou meu amigo Pedro. Fico refletindo na falta que faz um amigo de um ano de idade a seu companheiro já vivido e puído. De repente o aeroporto ficou vazio.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. Reprod. em: Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973, p. 1107-1108.

 

 

VOCABULÁRIO:

alheio: que não nos pertence, que é de outra pessoa.

ameno: agradável, terno, meigo.

galeão: aeroporto internacional do Rio de Janeiro.

incontinência: incapacidade de reter urinas ou fezes.

ostensivo: algo praticado de forma intencional, de modo provocador.

parco: escasso, que faz economia ou que poupa.

puído: gasto

quadrimotor: aeronave que tem quatro motores.

requisitar: pedir, solicitar.

 

Entendendo o texto:

01 – Como você classificaria Pedro: uma pessoa egoísta ou egocêntrica? Justifique sua resposta.

Uma pessoa egocêntrica, porque faz de tudo pra chamar a atenção pra si.

02 – O gênero textual ao qual se enquadra o texto “No aeroporto”, de Carlos Drummond de Andrade, é:

a) Conto.

b) Fábula.

c) Crônica.

d) Ensaio. 

03 – Qual a intenção do narrador ao usar a expressão grifada no trecho abaixo?

“Era a sua arma, não direi secreta, porque ostensiva.

a) Destacar o poder do sorriso de Pedro na vida das pessoas.

b) Apreciar a ousadia de Pedro quando sorri para as pessoas.

c) Mostrar o sorriso como elemento de fantasia na vida de Pedro.

d) Expressar a influência que o sorriso dissimulado exerce.

e) Demonstrar a inquietação de Pedro ao sorrir para as pessoas.

04 – Que significa a palavra sublinhada sugere no contexto?

“Fico refletindo na falta que faz um amigo de um ano de idade a seu companheiro já vivido e puído”.

O significado pode ser: usado, gasto, mirrado, surrado e no caso do texto idoso, viveu muitos anos.

05 – Pela descrição do autor a respeito de Pedro no início do texto, como Pedro nos parece?

Uma pessoa de poucas palavras, ou quase nenhuma. O mais é conversa de gestos e expressões. É o seu sistema.

06 – E afinal quem é Pedro?

É o neto do escritor.

07 – Em que momento do texto você percebeu que o amigo de que o autor fala é uma criança bem pequena?

Resposta pessoal do aluno.

08 – Qual é a característica do amigo Pedro que mais chama a atenção do cronista?

Seu sorriso – que a todos cativava.

09 – Também há nesta crônica pontos em que o autor diz as coisas com certo humor. Identifique alguns deles.

Como o autor só vai revelar que está falando de uma criança de um ano de idade no último parágrafo, as referências aos costumes e comportamentos do Pedro têm sempre um lado engraçado. A referência, por exemplo, ao sorriso encantador, apesar da falta de dentes. Os cuidados para que o sono de Pedro não fosse perturbado. A atitude de Pedro de tudo requisitar e pôr na boca.

10 – A viagem do neto faz o cronista pensar na vida. Que sentimento ele expressa ao final do texto?

Certamente, a solidão e a tristeza.

11 – Observe, por fim, as diferentes formas que o autor usou para fazer referência à cor dos olhos do neto. Observe também que ele começa falando dos olhos e termina por referir-se ao olhar. Que efeito de sentido tem esse deslocamento na descrição que o autor faz do neto?

Talvez o efeito de sentido mais forte de mudar do olho para o olhar seja precisamente a ênfase que o autor quer dar à interlocução que se estabelecia entre ele e o neto pela troca de olhares (contato interpessoal sempre muito forte, em especial na fase em que a criança é muito pequena e ainda não fala).

 

Pausa – Texto de Moacyr Scliar

Pausa - Moacyr Scliar

Situação de Aprendizagem - Texto: Pausa

Gênero Literário: Conto – Elementos da Narrativa – Interpretação/Compreensão Textual

Pausa

"Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para o banheiro, fez a barba e lavou-se. Vestiu­-se rapidamente e sem ruído. Estava na cozinha, preparando sanduíches, quando a mulher apareceu, bocejando:

—Vais sair de novo, Samuel?

Fez que sim com a cabeça. Embora jovem, tinha a fronte calva; mas as sobrancelhas eram espessas, a barba, embora recém-­ feita, deixava ainda no rosto uma sombra azulada. O conjunto era uma máscara escura.

— Todos os domingos tu sais cedo — observou a mulher com azedume na voz.

— Temos muito trabalho no escritório — disse o marido, secamente.

Ela olhou os sanduíches:

—Por que não vens almoçar?

— Já te disse: muito trabalho. Não há tempo. Levo um lanche.

A mulher coçava a axila esquerda. Antes que voltasse à carga, Samuel pegou o chapéu:

—Volto de noite.

As ruas ainda estavam úmidas de cerração. Samuel tirou o carro da garagem. Guiava vagarosamente, ao longo do cais, olhando os guindastes, as barcaças atracadas. Estacionou o carro numa travessa quieta. Com o pacote de sanduíches debaixo do braço, caminhou apressadamente duas quadras. Deteve­se ao chegar a um hotel pequeno e sujo. Olhou para os lados e entrou furtivamente. Bateu com as chaves do carro no balcão ,acordando um homenzinho que dormia sentado numa poltrona rasgada. Era o gerente.Esfregando os olhos, pôs-­se de pé.

—Ah! Seu Isidoro! Chegou mais cedo hoje. Friozinho bom este, nãoé? A gente..

—Estou com pressa, seu Raul!—atalhou Samuel.

— Está bem, não vou atrapalhar. O de sempre. — Estendeu a chave.

Samuel subiu quatro lanços de uma escada vacilante.

Ao chegar ao último andar, duas mulheres gordas, de chambre floreado, olharam-­no com curiosidade:

—Aqui, meu bem!—uma gritou, e riu: um cacarejo curto.

Ofegante, Samuel entrou no quarto e fechou a porta à chave.

Era um aposento pequeno: uma cama de casal, um guarda-roupa de pinho; a um canto, uma bacia cheia d'água, sobre um tripé. Samuel correu as cortinas esfarrapadas, tirou do bolso um despertador de viagem, deu corda e colocou-­o na mesinha de cabeceira.

Puxou a colcha e examinou os lençóis com o cenho franzido; com um suspiro, tirou o casaco e os sapatos, afrouxou a gravata. Sentadona cama, comeu vorazmente quatro sanduíches. Limpou os dedos no

Papel de embrulho, deitou­-se e fechou os olhos.

Dormiu.

Em pouco, dormia. Lá embaixo, a cidade começava a mover-­se: os automóveis buzinando, os jornaleiros gritando, os sons longínquos.

Um raio de sol filtrou­-se pela cortina, estampou um círculo luminoso no chão carcomido.

Samuel dormia; sonhava. Nu, corria por uma planície imensa, perseguido por índio montado a cavalo. No quarto abafado ressoava o galope. No planalto da testa, nas colinas do ventre, no vale entre as pernas, corriam.

Samuel mexia­-se e resmungava. Às duas e meia da tarde sentiu uma dor lancinante nas costas. Sentou-­se na cama, os olhos esbugalhados: o índio acabava de trespassá-­lo com a lança. Esvaindo­-se em sangue, molhado de suor, Samuel tombou lentamente; ouviu o apito soturno de um vapor. Depois, silêncio.

Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para a bacia, lavou­-se. Vestiu-­se rapidamente e saiu.

Sentado numa poltrona, o gerente lia uma revista.

—Já vai, seu Isidoro?

— Já — disse Samuel, entregando a chave. Pagou, conferiu o  troco em silêncio.

—Até domingo que vem, seu Isidoro — disse o gerente.

—Não sei se virei—respondeu Samuel, olhando pela porta; a noite caía.

— O senhor diz isto, mas volta sempre — observou o homem, rindo.

Samuel saiu.

Ao longo do cais, guiava lentamente. Parou, um instante, ficou olhando os guindastes recortados contra o céu avermelhado. Depois, seguiu para casa."

SCLIAR, Moacyr.In:BOSI,Alfredo.O conto brasileiro contemporâneo. SãoPaulo: Cutrix,1997

 

Nesta Situação de Aprendizagem serão apresentados aos alunos o gênero textual “conto” e suas principais características; além disso, serão retomados os elementos da narrativa. Espera-se que, ao final das atividades propostas, o aluno seja capaz de reconhecer a tipologia narrativa “conto”, desenvolvendo e ampliando sua capacidade de leitura.

 

Ano: 9º. Ano do Ensino Fundamental.

Tempo previsto: 06 aulas.

Conteúdos: conceito de conto; retomada dos elementos da narrativa, dando ênfase nas personagens; leitura do texto “Pausa”, de Moacyr Scliar; roteiro de perguntas e produção escrita. Textos poéticos, música.

Competências e habilidades: reconhecer o gênero “conto”, analisar suas características, identificar e inferir informação pressuposta ou subentendida em um texto literário, com base na sua compreensão global; inferir opiniões ou conceitos pressupostos ou subentendidos em um texto; interpretar um texto pertencente ao gênero em estudo e desenvolver a competência leitora.

Estratégias: estudo do gênero e dos elementos da narrativa; leitura e interpretação do texto “Pausa”; discussão com os alunos fazendo as devidas intervenções.

Recursos: Cópia do texto; uso de datashow para reprodução dos slides com o conteúdo das aulas.

Avaliação:

·    Participação contínua nas atividades propostas, sejam elas orais ou escritas.

·    Leitura e análise de contos, usando questões que contemplem o conto e as estratégias de leitura.

·    Elaboração de textos sobre as situações propostas em sala de aula. A partir da reflexão e proposta da turma. Faremos o texto conforme a escolha dos alunos, em conjunto. Se a escolha for um poema, poderemos fazer uma exposição em murais da escola.

 

1º. Passo: o professor apresenta aos alunos o plano de aula contendo o tema (assunto) a ser trabalhado durante a semana, os respectivos objetivos e o que será avaliado.

2º. Passo: Ativação de Conhecimento do Mundo; antecipação ou predição; checagem de hipóteses:

Apresentar o título: o que sugere o termo “pausa”?

Em que situações você faria uma pausa?

A nossa sociedade  está precisando fazer uma pausa? Em que ponto?

Você já refletiu sobre os relacionamentos amorosos da atualidade.

O que acha que há de certo ou errado neles?

Você acha que situações estressantes podem acabar com o amor ou o casamento?

O que espera de um relacionamento?

3º. Passo: apresentação do conceito de conto e focalização dos aspectos presentes nos textos lidos de acordo com a definição adotada. 

 

 

O que é Conto:

conto é uma obra de ficção que cria um universo de seres e acontecimentos, de fantasia ou imaginação. Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador, personagens, ponto de vista e enredo.
Classicamente, diz-se que o conto se define pela sua pequena extensão. Mais curto que a novela ou o romance, o conto tem uma estrutura fechada, desenvolve uma história e tem apenas um clímax. Num romance, a trama desdobra-se em conflitos secundários, o que não acontece com o conto. O conto é conciso.

Disponível em:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Conto, acesso em 16 de junho de 2013.

 

4º. Passo: após esclarecer as possíveis dúvidas dos alunos, o professor propõe a leitura do conto Pausa do autor Moacyr Scliar. No entanto, antes da leitura, o professor fala um pouco sobre a vida e obra do autor a fim de despertar nos alunos o interesse por outros textos e obras do autor em questão. O professor propõe que a primeira leitura seja individual e pede aos alunos para lerem quantas vezes acharem necessárias e pede, também, para que os mesmos registrem, caso seja necessário, os vocábulos e expressões não conhecidas. 

5º. Passo: Produção de inferências locais e globais após a leitura do texto.

Deixar que o aluno se coloque frente às situações apresentadas pelo conto – a voz azeda da mulher, o fato de ela coçar as axilas mostrando o desleixo com a aparência, a ausência do marido sempre nos finais de semana, já que ele deve também trabalhar aos sábados; a opção por um lugar decaído e cheio de prostitutas, a possibilidade de uma traição por parte do marido.

Por que será que Samuel não termina o casamento já que aparentemente tem necessidade de dar uma pausa no relacionamento?

Por que as pessoas agem assim depois de um período nos relacionamentos?

(O conto relata a história de Samuel, um jovem rapaz aparentemente casado com uma mulher mal humorada e de  companhia desagradável. Vê-se pela colocação do narrador “quando a mulher apareceu, bocejando:”; “— Todos os domingos tu sais cedo — observou a mulher com azedume na voz.”; “A mulher coçava a axila esquerda.”.

Todos os domingos, Samuel sai cedo com a desculpa que vai trabalhar, pois há muito trabalho, e vai para um hotel decaído, usado para encontro furtivos com prostitutas. Há no momento em que elas são citadas certo suspense. Será que Samuel trai a mulher?

Depois da leitura compartilhada com a turma, essas enumerações acima vão surgir entre os alunos. Se for necessário, o professor deve sugerir tais questionamentos.)

 

6º. Passo: Percepção de relações de intertextualidade

Ouvir a Música Esquadros de Adriana Calcanhoto através de vídeo ou áudio e letra.

 

Meu primeiro beijo – Texto de Antônio Barreto



Meu primeiro beijo – Antônio Barreto
Público alvo: 7º ano
Tempo previsto: de 8 a 10 aulas
Conteúdos e temas: recapitulação dos elementos da narrativa; características do gênero relato de experiência; pontuação; entonação; produção de relato de experiência; leitura do texto Meu Primeiro Beijo de Antônio Barreto e do livro “A Marca de uma Lágrima” de Pedro Bandeira.
Competências e habilidades: reconhecer os elementos da narrativa; reconhecer as características do gênero textual relato de experiência; ouvir relatos de experiência em diversas mídias; produzir relato de experiência; saber ler reconhecendo globalmente as palavras; ativar conhecimento de mundo; inferir informações implícitas e explícitas.
Estratégias: ativação do conhecimento de mundo do tema “Beijos”; ativação dos conhecimentos prévios dos alunos em relação aos elementos da narrativa; estudo das características do gênero textual relato de experiência; leitura compartilhada e dramatizada do texto Meu Primeiro Beijo de Antônio Barreto; interpretação do texto; leitura novela do livro A Marca de uma Lágrima de Pedro Bandeira.
Recursos: Cópia do texto Meu Primeiro Beijo de Antônio Barreto e das atividades; DVD do filme Meu Primeiro Amor; livro A Marca de uma Lágrima de Pedro Bandeira; computador; Data show.
Avaliação: Participação dos alunos durante as atividades; produção de um relato de experiência.
ROTEIRO PARA APLICAÇÃO DA SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM
Antes da leitura do texto
O professor fará o levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos a respeito do tema “Beijos”, para isso, ele poderá fazer as seguintes questões para os alunos:
·         O que é um beijo?
·         Qual o significado do beijo?
·         Todos os beijos tem o mesmo propósito?
Após essa discussão com os alunos o professor irá leva-los até a sala de informática e lá falar sobre o beijo, os diversos tipos (entre amigo, pais e filhos, casais etc.) e como tradição cultural. Durante sua fala, o professor irá mostrando fotos  sobre os tópicos abordados, como mãe/filho(a), pai/filho(a), amigos(as), casais de diferentes faixas etárias (adolescentes, jovens, adultos, idosos), diversas situações (cumprimento, apresentação, carinho, despedida etc.). Em seguida, o docente questioná-los-á sobre o que sentiram quando viram as fotos; o porquê de uma mãe beijar um filho(a) ou um namorado a namorada ou ainda um amigo o outro.
De volta à sala de aula, o professor deixará os alunos descontraídos e perguntará:
·         Quem já beijou a mãe?
·         Quem já beijou o pai?
·         Quem já beijou um irmão(ã)?
·         Quem já beijou um avô(ó)?
·         Quem já beijou um amigo ou amiga?
·         Quem já beijou um namorado(a)?
Durante a leitura do texto
O professor deverá orientar os alunos a fazerem a leitura compartilhada.
Após a leitura do texto
Terminada a leitura compartilhada, o professor deverá fazer um levantamento das palavras desconhecidas, procurar seus respectivos significados no dicionário, anotá-los na lousa e pedir para os alunos copiarem sobre as palavras no texto.
A seguir, o professor chamará a atenção dos alunos para o título do texto e questioná-los:
·         O título do texto está de acordo com a história?
·         Quando você leu o título, você imaginou uma história como a lida?
Depois desses questionamentos, o professor recapitulará os elementos da narrativa e trabalhará as características do gênero textual relato de experiência, pedindo, a seguir, a produção de um relato de experiência escrito sobre o primeiro beijo de cada um e explicar que caso algum aluno não tenha tido essa experiência ele pode contar como gostaria que acontecesse.
Relembrando a importância da pontuação e da entonação da leitura de um texto o professor deverá selecionar três alunos para fazer a leitura dramatizada do texto, sendo um menino, uma menina e outro como narrador.
Em seguida, o professor apresentará a classe o filme “Meu Primeiro Amor”. Ao final do filme, questionar os alunos se o primeiro beijo dos personagens do filme aconteceu como o dos personagens do texto.
Como leitura complementar, o professor poderá fazer a leitura tipo novela do livro “A Marca de uma Lágrima” de Pedro Bandeira.
DAIANA APARECIDA IGNACIO