terça-feira, 25 de agosto de 2015

Dia do Folclore

22 de Agosto: Dia do Folclore Brasileiro

Origem do "Folklore"
Em 22 de agosto, o Brasil comemora o Dia do Folclore. A data foi criada em 1965 através de um decreto federal. No Estado de São Paulo, um decreto estadual instituiu agosto como o mês do folclore.
Folclore é o conjunto de todas as tradições, lendas e crenças de um país. O folclore pode ser percebido na alimentação, linguagem, artesanato, religiosidade e vestimentas de uma nação. Segundo a Carta do Folclore Brasileiro, aprovada pelo I Congresso Brasileiro de Folclore em 1951, "constituem fato folclórico as maneiras de pensar, sentir e agir de um povo, preservadas pela tradição popular, ou pela imitação".

Para que serve?
O folclore é o modo que um povo tem para compreender o mundo em que vive. Conhecendo o folclore de um país, podemos compreender o seu povo. E assim conhecemos, ao mesmo tempo, parte de sua História. Mas para que um certo costume seja realmente considerado folclore, dizem os estudiosos que é preciso que este seja praticado por um grande número de pessoas e que também tenha origem anônima.

Qual a origem da palavra "folclore"?
A palavra surgiu a partir de duas palavras da Língua Inglesa
"Folk” - que significa povo;
"Lore", - que significa conhecimento, ciência.
Assim, folk + lore (folklore) quer dizer ''conhecimento popular''. O termo foi criado por William John Thoms (1803-1885), um pesquisador da cultura européia que, em 22 de agosto de 1846, publicou um artigo intitulado "Folk-lore". No Brasil, após a reforma ortográfica de 1934, que eliminou a letra k, a palavra perdeu também o hífen e tornou-se "folclore".

Qual a origem do folclore brasileiro?
O folclore brasileiro, um dos mais ricos do mundo, formou-se ao longo dos anos principalmente por índios, brancos e negros.


►Lenda da Mula sem Cabeça




Dizem que é uma mulher que namorou um padre e foi amaldiçoada. Daí por diante, toda madrugada de quinta para sexta-feira ela se transforma em Mula-sem-cabeça.
Ela percorre sete povoados e quem ela encontrar pelo caminho ela ataca, come seus olhos, unhas e dedos.
Quem já a viu costuma dizer que apesar do nome ela tem cabeça sim, mas como lança fogo pelo nariz e pela boca, sua cabeça fica toda coberta por fumaça.
Nas noites em que ela aparece é possível se escutar seus relinchos e seu galope, parece um cavalo enfurecido.
Ao encontrar a mula deve-se deitar no chão, esconder unhas e dentes para não ser atacado.
Se alguém corajoso conseguir arrancar os freios da sua boca a maldição é quebrada para sempre e ela vira mulher novamente.




                     ►Lenda do Boto


Diz a lenda que ao anoitecer o Boto se transforma em um belo rapaz, alto e forte que sai das águas a procura de diversão,festas e uma namorada. Vai a várias festas, dança muito, costuma beber bastante também. Antes do amanhecer ele tem que voltar para o rio, pois senão transforma-se em boto novamente.
Algumas pessoas relatam que o boto se transforma em um rapaz elegante, bem vestido e que sempre usa chapéu (para esconder um orifício que possui na cabeça).
Nas festas ele geralmente seduz alguma mulher bonita, casada ou não, a convida para dançar e depois saem da festa para namorar.
Antes do amanhecer ele retorna ao rio, deixando a namorada que geralmente não torna a vê-lo. Pouco tempo depois a moça descobre que ficou grávida do tal moço.
Na região Amazônica sempre que uma moça solteira engravida suspeita-se logo que se trata de um filho do boto.

Dizem que o boto adora as índias e gosta muito de mulheres com roupas vermelhas.


►Lenda da Iara ou Mãe D'Água


Lenda de origem indígena, muito comum na região Amazônica.
Ela é uma sereia, metade mulher (da cintura pra cima) e metade peixe (da cintura pra baixo).
Possui longos e lindos cabelos, alguns dizem que parece uma índia com cabelos negros, outros dizem que possui cabelos loiros ou até ruivos.
Ela hipnotiza os homens com o seu canto e com o seu olhar. Ao ouvirem seu canto lançam-se nas águas para irem ao seu encontro e na maioria das vezes acabam morrendo afogados.
Ela sai da sua casa no fundo do mar, ou do lago ou do rio, geralmente no final da tarde e surge linda e sedutora a procura de um companheiro.

É difícil um homem resistir ao seu canto hipnotizador ou à sua beleza. Por isso meninos ao se depararem numa situação dessas tapem os ouvidos e procurem não olhar para ela.

                ►Lenda da Vitória-Régia




Reza a lenda que houve um tempo em que as índias acreditavam que a lua poderia transformá-las em estrelas, se fossem guiadas por sua luz.
Assim não foi diferente com uma jovem índia que acreditava e desejava ser transformada em estrela e também poder pegar a lua. A índia subia os morros mais altos tentando alcançá-la, mas sempre era inútil.

Embora todo o esforço feito por ela, seus braços estendidos para o alto sempre voltavam vazios. Até que, certa noite de luar, a bela jovem admirava a lua espelhada na água, quando ouviu seu chamado por debaixo das águas. A moça acreditando poder tocá-la atirou-se na água, e nunca mais retornou. A lua compadecida transformou a bela moça numa linda estrela. Essa estrela não era do céu, mas sim da água, conhecida como Vitória-régia.

►Lenda do Curupira




É uma lenda de origem indígena. Também chamado de Caiçara, Pai ou Mãe-do-mato, quando se imagina ser uma entidade mulher.
Entre os índios Tupis-Guaranis, existia uma outra variedade de Curupira, chamada Anhanga, um ser maligno que causava doenças ou matava os índios. Há relatos de entidades semelhantes entre quase todos os indígenas das Américas Latina e Central.
Dizem que ele é um menino de cabelos vermelhos e com os pés virados para trás, para despistar quem quiser segui-lo. Algumas pessoas descrevem o Curupira como um indiozinho montado em um porco selvagem, outros dizem que tem o corpo coberto por pelos.
Ele cuida das animais da florestas, protegendo contra a devastação das florestas e a caça de animais. Quando entramos na mata e ouvimos barulhos estranhos pode ser ele. Ele é tão rápido que muitas vezes ao passar pela mata, parece um vento forte. Ao entrar numa mata deve-se levar uma oferenda para o Curupira, assim ao agradá-lo não se perderá na mata.
O Curupira tem o poder de ressuscitar qualquer animal morto sem sua permissão.

Os índios guaranis dizem que ele é o “Demônio da Floresta”. Há relatos dos jesuítas, na época da colonização do Brasil, de que os índios temiam muito o Curupira.


►Lenda do Boi Bumbá





                  Uma das festas mais tradicionais do Brasil, tendo englobado até vários reisados, o bumba-meu-boi é uma espécie de auto em que se mistura teatro, dança, música e circo. Ele é representado sob os mais diferentes nomes em localidades que vão do Rio Grande do Sul (como boizinho) e Santa Catarina (boi-de-mamão) aos estados do Nordeste (boi-de-reis) e o Amazonas (boi-bumbá).
O boi, figura central do auto, geralmente é feito com uma armação de cipó coberta de chita, grande o bastante para que um homem a vista. A cabeça que pode ser feita de papelão ou com a própria caveira do animal. Na encenação, a lenda pode ser contada de várias formas, mas a história básica é a da escrava Catirina (ou Catarina), grávida, que pede ao marido Chico (ou Pai Francisco) para que mate o boi mais bonito da fazenda porque quer comer a sua língua.

Ele atende ao desejo da mulher e é preso pelo seu feitor, que tenta a todo custo ressuscitar o boi, com a ajuda de curandeiros. Boi revivido, tudo acaba em festa. Outros personagens podem entrar na história para dançar, dependendo do tipo de boi: Bastião, Arlequim, Pastorinha, Turtuqué, o engenheiro, o padre, o médico, o diabo etc, todos quase sempre interpretados por homens, que se travestem para compor os personagens femininos.

                               ►Lenda do Saci Pererê






O Saci-Pererê é uma lenda do folclore brasileiro e originou-se entre as tribos indígenas do sul do Brasil.
O saci possui apenas uma perna, usa um gorro vermelho e sempre está com um cachimbo na boca.
Inicialmente, o saci era retratado como um curumim endiabrado, com duas pernas, cor morena, além de possuir um rabo típico.
Com a influência da mitologia africana, o saci se transformou em um negrinho que perdeu a perna lutando capoeira, além disso, herdou o pito, uma espécie de cachimbo, e ganhou da mitologia europeia um gorrinho vermelho.
A principal característica do saci é a travessura, ele é muito brincalhão, diverte-se com os animais e com as pessoas. Por ser  muito moleque ele acaba causando transtornos, como: fazer o feijão queimar, esconder objetos, jogar os dedais das costureiras em buracos e etc.
Segundo a lenda, o Saci está nos redemoinhos de vento e pode ser capturado jogando uma peneira sobre os redemoinhos.
Após a captura, deve-se retirar o capuz da criatura para garantir sua obediência e prendê-lo em uma garrafa.
Diz também a lenda que os Sacis nascem em brotos de bambus, onde vivem sete anos e, após esse tempo, vivem mais setenta e sete para atentar a vida dos humanos e animais, depois morrem e viram um cogumelo venenoso ou uma orelha de pau.


                   ►Lenda da Matinta Pereira

                 


Conta a lenda, que à noite, um assobio agudo perturba o sono das pessoas e assusta as crianças, ocasião em que o dono da casa deve prometer tabaco ou fumo.
Ao ouvir durante a noite, nas imediações da casa, um estridente assobio, o morador diz::
- Matinta, pode passar amanhã aqui para pegar seu tabaco. No dia seguinte uma velha aparece na residência onde a promessa foi feita, a fim de apanhar o fumo.
A velha é uma pessoa do lugar que carregaria a maldição de "virar" Matinta Pereira, ou seja, à noite transformar-se neste ser indescritível que assombra as pessoas.
A Matinta Pereira pode ser de dois tipos: com asa e sem asa. A que tem asa pode transformar-se em pássaro e voar nas cercanias do lugar onde mora. A que não tem, anda sempre com um pássaro, considerado agourento, e identificado como sendo "rasga-mortalha".
Dizem que a Matinta, quando está para morrer, pergunta:" Quem quer? Quem quer?" Se alguém responder "eu quero", pensando em se tratar de alguma herança de dinheiro ou jóias, recebe na verdade a sina de "virar" Matinta Pereira.


                    ►Lenda do Lobisomem



Este mito aparece em várias regiões do mundo. Diz a lenda que quando uma mulher tem 7 filhas e o oitavo filho é homem, esse menino será um Lobisomem. Também o será, o filho de mulher amancebada com um Padre.
Sempre pálido, magro e orelhas compridas, o menino nasce normal. Porém, logo que ele completa 13 anos, a maldição começa.
Na primeira noite de terça ou sexta-feira, depois do aniversário, ele sai à noite e vai até um encruzilhada. Ali, no silêncio da noite, se transforma em Lobisomem pela primeira vez, e uiva para a lua.
Daí em diante, toda terça ou sexta-feira, ele corre pelas ruas ou estradas desertas com uma matilha de cachorros latindo atrás. Nessa noite, ele visita, 7 partes da região, 7 pátios de igreja, 7 vilas e 7 encruzilhadas. Por onde passa, açoita os cachorros e apaga as luzes das ruas e das casas, enquanto uiva de forma horripilante.
Antes do Sol nascer, quando o galo canta, o Lobisomem volta ao mesmo lugar de onde partiu e se transforma outra vez em homem. Quem estiver no caminho do Lobisomem, nessas noites, deve rezar três Ave-Marias para se proteger.
Para quebrar o encanto, é preciso chegar bem perto, sem que ele perceba, e bater forte em sua cabeça. Se uma gota de sangue do Lobisomem atingir a pessoa, ela também vira Lobisomem.

                       ►Lenda do Brilho da Lua


Era uma princesa
Tinha um brilho forte no olhar
Via nas estrelas
Companheiras de brincar
Houve um rei malvado
Invejoso pra danar
Quis roubar seu brilho
Transformar em pó
E tomar com água
Pra ficar mais belo
De se admirar
Para ter seu brilho
Que ninguém podia pegar
Ele fez de tudo
Mas não conseguiu arrancar
Ficou furioso
E mandou castigar
Nem o castigo cruel
Seu brilho pode apagar
E o rei então
Prendeu-a no céu
E ela vive na lua
Que vive a brilhar

"Quem não vê bem uma palavra,
não pode ver bem uma alma".
FERNANDO PESSOA

terça-feira, 17 de março de 2015

Critérios de correção das redações de vestibulares, ENEM e concursos


São quatro aspectos ou critérios que quaisquer bancas examinadoras de Vestibulares, ENEM e Concurso corrigem as redações:

1. Aspecto Estético
(tem caráter obrigatório, por se tratar de um documento, de um texto formal. Não se ganha ponto pelo acerto, só desconta!)

(    ) Nunca rasure ou borre;
(    ) Sobreposições;
(    ) Margens regulares;
(    ) Paragrafação bem feita;
(    ) Local do título;
(    ) Observe a quantidade de linhas solicitadas na prova;
(    ) Legibilidade (Cuidado! Só este aspecto estético pode eliminar o seu texto).

2. Aspecto Gramatical
(todo o componente responsável pela expressão, as regras, as características formais da língua)

(    ) Faça a concordância e a flexão correta dos tempos verbais;
(    ) Não fragmente a frase, separando o sujeito do predicado;
(    ) Cuidado com a separação silábica;
(    ) Cuidado com a pontuação, acentuação e ortografia;
(    ) Use corretamente os pronomes;
(    ) Eco textual;
(    ) Termos coloquiais;
(    ) Emprego equivocado do gerúndio.

3. Aspecto Estilístico
(Maneira, estilo, jeito que cada um escreve. Pode-se pedir o mesmo tema para milhares de estudantes e cada um fará o seu próprio texto!)

(    ) Evite repetição de palavras;
(    ) Não escreva períodos muito curtos (que travam o texto) nem muito longos (que possibilitam o erro);
(    ) Cuidado com o abuso do “e”, “mas”, “que”, “pois”;
(    ) Não seja prolixo; Que se perde em explicações supérfluas
(    ) Marcas da oralidade;
(    ) Cuidado com o internetês ou com siglas;
(    ) Uso inadequado do “onde”;
(    ) Uso de palavras desnecessárias ou ideias repetidas.

4. Aspecto Estrutural
(Critérios mais valiosos, que desconta e elimina em quase todos eles)

(    ) Observe a estrutura solicitada;
(    ) Organização das ideias;
(    ) Não fuja do tema proposto;
(    ) Não faça os parágrafos/ideias incompletos, ingênuos, intimistas, racistas, etc.;
(    ) Não escreva em verso ou a lápis;
(    ) Informatividade conta muito ponto;
(    ) A originalidade é fundamental;
(    ) Cuidado com a coerência e coesão, regras de ouro na dissertação.

AGORA, MÃOS À OBRA!